Desde sempre tive
vontade de morar sozinha. As minhas Barbies sempre moravam sozinhas, tinham
cozinhas super equipadas – figurativamente - recebiam amigos, faziam festas...tudo
como uma preparação do que eu imaginava ser o futuro ideal. Com o tempo,
adulta, morando com meus pais, me dizia que se um dia eu casasse, antes, teria
que morar sozinha.
Não sei se isso é por
ser filha única. No pouco tempo em que fiz terapia, não lembro de trazer à
análise essa questão. Só sei que quando menos esperei: olha eu morando sozinha.
De repente eu estava em
outra cidade, assinando contrato de aluguel, abrindo firma em cartório e
dormindo de luz acesa para intimidar um possível, ladrão, maníaco ou tarado (ou
alguém que fosse tudo isso) que pensasse em entrar em meu micro apartamento.
Minha cozinha está
longe de ser mega equipada e não tenho amigos próximos para fazermos festas. Assisti
ao Brit Award sem ninguém para fazer comentários, e alguns dias loto o meu snapchat de comentários ridículos, por
não ter a quem fazê-los. Se o Padre pode, por que não eu?
Enfim...isso não é vida
adulta sozinha . È vida adulta só.