tag:blogger.com,1999:blog-50802152241871732242024-03-05T21:03:21.530-08:00capa rosaMaria Rosa Teleshttp://www.blogger.com/profile/14784706601231440964noreply@blogger.comBlogger18125tag:blogger.com,1999:blog-5080215224187173224.post-46190628903505385112016-03-02T07:14:00.000-08:002016-03-02T07:14:19.111-08:00Vida adulta sozinha<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Desde sempre tive
vontade de morar sozinha. As minhas Barbies sempre moravam sozinhas, tinham
cozinhas super equipadas – figurativamente - recebiam amigos, faziam festas...tudo
como uma preparação do que eu imaginava ser o futuro ideal. Com o tempo,
adulta, morando com meus pais, me dizia que se um dia eu casasse, antes, teria
que morar sozinha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Não sei se isso é por
ser filha única. No pouco tempo em que fiz terapia, não lembro de trazer à
análise essa questão. Só sei que quando menos esperei: olha eu morando sozinha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">De repente eu estava em
outra cidade, assinando contrato de aluguel, abrindo firma em cartório e
dormindo de luz acesa para intimidar um possível, ladrão, maníaco ou tarado (ou
alguém que fosse tudo isso) que pensasse em entrar em meu micro apartamento. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Minha cozinha está
longe de ser mega equipada e não tenho amigos próximos para fazermos festas. Assisti
ao Brit Award sem ninguém para fazer comentários, e alguns dias loto o meu <i>snapchat</i> de comentários ridículos, por
não ter a quem fazê-los. Se o Padre pode, por que não eu?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Enfim...isso não é vida
adulta sozinha . È vida adulta só.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Maria Rosa Teleshttp://www.blogger.com/profile/14784706601231440964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5080215224187173224.post-15923823576496825242016-01-22T06:37:00.000-08:002016-01-22T06:37:46.701-08:00Sejamos todos feministas<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Se
você já ouviu a música Flawless, da cantora Beyoncé, percebe que no meio da
música super dançante, existe um discurso, também dito por uma voz feminina e,
se entender inglês, também feminista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Inspiração
para a composição de Beyoncé, o discurso e a voz em questão, são da escritora
nigeriana Chiamamanda Ngozi Adichie, 39, nascida em Abba - no estado de Anambra – autora de 4 livros, além do recém publicado
SEJAMOS TODOS FEMINISTAS, que chegou ao Brasil em 2015, através da editora Companhia
das Letras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Curto,
com penas 63 páginas, o livro é a transcrição da apresentação de Chiamamanda no
TEDxEuston em 2012 – TED, abreviação de <i><span style="background: white;">Technology,
Entertainment, Design</span></i><span style="background: white;">; em português</span><span style="background: white;">:<span class="apple-converted-space"> </span><i>Tecnologia,
Entretenimento, Design</i>, é um </span></span><span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #252525; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 7.0pt; line-height: 150%;"> </span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">evento
que surgiu na década de 1990, e acontece em diversos países, propagando ideias
que devem ser discutidas em grande escala.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Uma
vez que o evento consiste em palestras rápidas e de fácil entendimento, o livro
não traz complexidade nas palavras, mas nas ideias que prega. Nele a autora
contextualiza a realidade da mulher africana, comparada à realidade ocidental,
trazendo fatos de sua vida, de amigos e familiares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Chiamamanda
traz um suspiro jovem e contemporâneo, - em tempos de “Baile de Favela” e
Bolsonaro - similar a outras personalidades feministas atuais como a youtuber
Jout Jout e a escritora inglesa Caitlin Moran. O livro é um presente ideal para seres humanos, dos 15 aos 100 anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Se
repetimos uma coisa várias vezes, ela se torna normal. Se vemos uma coisa com
frequência, ela se torna normal. Se só os meninos são escolhidos como monitores
da classe, então em algum momento nós todos vamos achar, mesmo que
inconscientemente, que só um menino pode ser o monitor da classe. Se só homens
ocupam cargos de chefia nas empresas, começamos a achar “normal” que esses
cargos de chefia só sejam ocupados por homens”, eis um trecho das ideias da autora.<o:p></o:p></span></div>
Maria Rosa Teleshttp://www.blogger.com/profile/14784706601231440964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5080215224187173224.post-14706812839324160782016-01-22T06:26:00.001-08:002016-01-22T06:26:47.429-08:00Colecionismo de Arquivos digitais de cultura<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Não
é estranho, que mesmo com tantas obras digitais gratuitas, nós ainda sentimos a
necessidade de pagar por este conteúdo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os
serviços de streaming<i> </i>musical – tão condenados por diversos artistas - no
mundo, já correspondem a 20% das receitas de mercado digital, mesmo todos nós
sabendo que podemos encontrar gratuitamente, através de outras ferramentas,
todas –ou quase todas- as músicas de nossas playlists.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">David
Byrne, ex líder dos Talking Heads, criticou o Spotify - serviço de streaming
mais famoso- dizendo que tal serviço estava criando uma cultura de
blockbusters, e que seria um desastre para os artistas contemporâneos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No
Brasil, o músico Marcelo Jeneci, que disponibilizou seu último disco gratuitamente,
defende que a remuneração nesses sistemas não é bem equacionada, mas que vão se
ajustar pelo caminho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Paralelo
ao crescimento do streaming, as vendas de vinil também crescem no Brasil e no
mundo. Em 2014 a tradicional rede - e selo - de discos inglês, Rough Trade,
abriu sua primeira filial nos Estados Unidos, no Brookling, em Nova York. Em
2015, a também inglesa rede de supermercados Tesco - a mais popular do país –
voltou a vender discos de vinil em suas prateleiras. Assim também ocorreu a rede
natureba hypster Whole Foods Market.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em
relação à Literatura, outro gênero artístico que propagou sua comercialização
digital através de Kobos, i pads e derivados, também é reconhecida uma
valorização do “produto/livro/matéria”, principalmente pelos booktubers –
youtubers com canais voltados para o assunto<a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a>-, nos
últimos dois anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
editora brasileira Darkside Books, é um exemplo de negócio que surgiu de
encontro com a maré digital. E ainda não publicou e books e tem como chamariz
capas irresistíveis aos aficionados. Em 2014, a Biblioteca Nacional expediu
apenas 1% a mais de livros digitais do que em 2013. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Qualquer
alteração de comportamento, gera conflito. Enquanto consumidores, artistas e
empresários não chegarem a um modelo efetivamente interessante para todos os
lados, vale-se da comprovação de que não existe crise ou facilidade que impeça
o desejo humano de “feudar” o que ama.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
Maria Rosa Teleshttp://www.blogger.com/profile/14784706601231440964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5080215224187173224.post-90789514356634137232016-01-22T06:17:00.001-08:002016-01-22T06:17:08.031-08:00O Rock de onde não se espera<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIHMYQM93-Ktickgl5oEwx12Iy3T3TLj5S8-wZYpyk7pQmklU4yULqy14dh6GqdSPDfcdzh8CI_fA87HJgLktbU0EqdRsyIVvEOf6HbsacHxvusj-G28T9n9uTiUGOvEVpE3hjROOR6ac/s1600/julico.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIHMYQM93-Ktickgl5oEwx12Iy3T3TLj5S8-wZYpyk7pQmklU4yULqy14dh6GqdSPDfcdzh8CI_fA87HJgLktbU0EqdRsyIVvEOf6HbsacHxvusj-G28T9n9uTiUGOvEVpE3hjROOR6ac/s320/julico.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto retirada do perfil de Julio no Facebook</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Uma
das memórias mais remotas que tenho da infância, é a de um passeio de Maria Fumaça, que fiz de Aracaju a São
Cristóvão. Eu, aracajuana de na época, 5 ou 6 anos de idade, além de conhecer a
quarta cidade mais antiga do Brasil, andei pela primeira vez de trem, comi
queijada – doce genuinamente são cristovense e patrimônio imaterial da cidade –
conheci a igreja do Senhor dos Passos e passei um número significativo de noites
tendo pesadelos horríveis com as imagens do Museu de Arte Sacra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Eu
não poderia imaginar que, anos mais tarde, daquela cidade sairia um dos meus
compositores favoritos. Julio Andrade, 29, vocalista e guitarrista do duo sergipano
de Rock, THE BAGGIOS. Nascido e criado na minúscula São Cristóvão, geograficamente
tão próxima de onde eu vivia, mas ao mesmo tempo distante em desenvolvimento,
Julico, como é conhecido, sonhava em ser jogador de futebol. “Foi meu primeiro
grande projeto de vida. Eu queria ser realmente jogador de futebol. Cheguei a
viajar algumas vezes pra jogar com um time daqui, pra Bahia e Alagoas. E quando
chegou lá pros meus 14, 15 anos, eu tava já desempolgado com essa onda e
comecei a tocar violão”, desvenda seu primeiro segredo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Diante
do novo plano, descoberto aos poucos durante o Ensino Médio enquanto tocava na banda
marcial do Ateneu Sergipense - o colégio público mais tradicional do
estado- Julio descartou a possibilidade
de cursar o ensino superior e consumiu todo tipo de informação musical que
cruzava o seu caminho. Fitas k7 dos amigos, idas a shows e assiduidade na
locadora de CD - modelo de negócio que salvava a vida musical nas cidades
pequenas antes da propagação da Internet . Até que comprou sua primeira
guitarra com ajuda da família. “<span style="color: red;"> </span>Comprei minha
primeira guitarra, e foi ali que eu falei, Véio, comprei algo que vai ser meu
instrumento e que eu vou me dedicar ao máximo pra aprender e levar a sério”, conclui.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com
a guitarra em punho, ele começou a integrar bandas, mas segundo o mesmo, essas
bandas nunca progrediam, porque as pessoas levavam a coisa como hobbie e ele
queria viver disso. Até que entre 2004 e 2005, ele formou a THE BAGGIOS com o
baterista Lucas Goo, homenageando um personagem boêmio e perturbado da cidade,
o Baggio. Um homem sequelado, fã de Raul Seixas, que acreditava ter participado
da Guerra do Vietnã. “Acabou que sobraram nós dois com interesse de fazer uma,
coisa autoral e tocar o barco pra frente assim com música, e a gente formou a
THE BAGGIOS por falta de opção com outras pessoas mesmo. A gente já tinha uma
conexão musical muito forte”, explica como chegou ao primeiro parceiro oficial
de banda.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
saída de Lucas em 2005, acarretou em dividir o trabalho com os bateristas Elvis
Boamorte – hoje líder da banda Elvis Boamorte e os Boavida- e Gabriel Perninha,
atual baggio - e na minha opinião melhor casamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Julio
resume seus momentos em um turbilhão de emoções, como quando abriu o show dos
Paralamas do Sucesso, com uma plateia de mais de 20 mil pessoas. “Ali, foi meu
primeiro grande evento. Eu fiquei nervoso, mas acho que as emoções estão muito
nesse processo de criação. Ouvir as críticas positivas dos álbuns, ver a reação
do público nos shows fora do estado...é uma emoção muito grande. É sempre uma
surpresa ver as pessoas cantando as músicas. A gente foi pro México e tinha
gente pedindo música lá, saca?! É uma coisa que a gente não espera muito, mas
que quando acontece, a gente vê o valor que o pessoal dá a gente e a gente
acaba valorizando mais o que a gente faz, né... “, reflete na voz a necessidade
de manter o seu trabalho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
próximo “frio na barriga” a ser sentido pelo duo, será no festival Lollapalooza
2016, que acontece em São Paulo no mês de março. O convite aconteceu de forma
repentina e inesperada, através de um telefonema da produção. “Através de um
telefonema, o cara disse que conhecia banda, que queria a banda no line up, e
contratou, Velho. Perguntou cachê e tudo”, ainda impressionado, conta Julico em
tom de celebração. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Meu
sonho como banda, como músico, é me manter sempre em criação , sempre ativo,
sempre querendo fazer coisas novas, cada vez mais motivado, empolgado com a
música, que é algo que eu realmente amo fazer, até Deus quiser”. Saravá!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
Maria Rosa Teleshttp://www.blogger.com/profile/14784706601231440964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5080215224187173224.post-62659719930292374572016-01-21T20:31:00.001-08:002016-01-21T20:36:18.537-08:00Rico Dalasam desmascara a alma em disco<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidAJfDryZv_34LBN3L9z1zbMYUSt-Of8o9ZP6Hiis-_-y8SlTRhJ7-LVKOhowjkLJ9MANy49wephqw_2N2FXwcALvQY3o0uzrONCcC_NMbt29b_DFbpu8lfOCzeErO6pQJ7_X19u7hc8E/s1600/rico+ok.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidAJfDryZv_34LBN3L9z1zbMYUSt-Of8o9ZP6Hiis-_-y8SlTRhJ7-LVKOhowjkLJ9MANy49wephqw_2N2FXwcALvQY3o0uzrONCcC_NMbt29b_DFbpu8lfOCzeErO6pQJ7_X19u7hc8E/s320/rico+ok.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto retirada do Facebook do artista</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Hoje
eu tô no ouro, mas já vendi uns cobre”. É assim, com uma pegada autobiográfica,
que Rico Dalasam, 26, paulista de Tobão da Serra - grande São Paulo -,
apresenta-se no primeiro EP de sua carreira musical.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Intitulado
MODO DIVERSO, o disco traz 6 faixas influenciadas por Rick Jay, Little Richard,
Prince, Racionais e outros nomes do Rap brasileiro, como Rashid, Emicida e
Projota, que assim como Rico, lançaram-se nas batalhas de MCs da estação de
metrô Santa Cruz (zona sul de São Paulo), no início dos anos 2000.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Gay,
negro e de origem pobre, Rico levanta as três bandeiras de forma genuína, sem
forçar a barra e com classe. “Eu não fui pedir licença pra ninguém fazer nada,
entendeu? Eu fiz. Esse é o Rap”, resume-se em entrevista para o canal do
Estadão no Youtube.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">1.
Não posso esperar<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Música
que poderia fazer parte da trilha do Kim Kardashian Hollywood, ou de um disco
do Gorillaz, conta o dia dia (ou seria noite a noite?!) da vida dos que se
dividem entre baladas e a luz do Sol.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><a href="https://youtu.be/wMQgKKjB5eU" rel="nofollow">https://youtu.be/wMQgKKjB5eU</a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">2.
Deixa<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Balada
radiofônica, a mais negra do disco - apesar de Aceite-C trazer <i>sampler</i> de Daniela Mércure- tem pitadas
de Afro-reggae e vocal no estilo dos grupos de pagode da década de 90, como Só
Pra Contrariar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://youtu.be/lu9316m6shk" rel="nofollow">https://youtu.be/lu9316m6shk</a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">3.
Aceite-C<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com
um refrão que sugere “aceite-se” e “aceite ser”, Rico embala a letra sobre sua
forma de levar a vida, com batidas de bateria eletrônica que simulam as batidas
do coração, um sampler de O MAIS BELO DOS BELOS de Daniela Mercury e os toques
de Afro Reggae do clássico do Axé Music. Um exemplo de exaltação do negro na
música brasileira. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><a href="https://youtu.be/jlYGJ1lPFIc">https://youtu.be/jlYGJ1lPFIc</a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">4.Riquíssima
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
melhor música do artista e uma das composições mais interessantes de 2015, é
daquelas que após descoberta, vivem na nossa lista das mais ouvidas no <i>Spotfy</i>. Com referências a novelas (EU
SOU RICAAAA!), à atriz Suzana Vieira, bebidas, ascensão social e gírias gays,
serve de hino para ser desde cantada no carro com as amigas, como para descer
na boquinha da garrafa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><a href="https://youtu.be/rIL4QfKLRLY" rel="nofollow">https://youtu.be/rIL4QfKLRLY</a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">5.Deise<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Feito
um diamante quando tirado da lama, deixou aqui quem ama, porque tem alguém pra
amar”. Poética e com pitadas de Reggaeton e Banda de Pífano, Deise é uma Ode a
todas as meninas e mulheres que sonham em encontrar um amor e vencer na vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><a href="https://youtu.be/XcStNjNqM1w" rel="nofollow">https://youtu.be/XcStNjNqM1w</a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">6.Reflex<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Música/
manifesto/ biografia. Os <i>samplers</i> a
la Jorge Vercilo e uma aproximação à MPB do início do século, não tiram o
brilho dessa declaração do fundo do âmago.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><a href="https://youtu.be/xJgU2e00FlA" rel="nofollow">https://youtu.be/xJgU2e00FlA</a></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
Maria Rosa Teleshttp://www.blogger.com/profile/14784706601231440964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5080215224187173224.post-82122750947899162982016-01-21T19:14:00.000-08:002016-01-21T19:14:45.858-08:00CEP: VILA MARIANA<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
A intenção deste post, de início, era fazer algo turístico
ou de alguma serventia para os entediados de fim de semana. Nova em São Paulo,
como uma forma de passa tempo para mim mesma, decidi escrever sobre a
vida "boêmia "da Vila Mariana, mas não rolou - tarefa arquivada para
breve.<o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQSHkF3PclIh9DsbdWQnfueByCuFA6R4GqKnW4k-Uw1yJscxng-F5zfMvkRzesp_MrZepnOB1Mi53wNE4wiDI2RS28aHq4152n0OKNyJjKFPQ546y-twuYoiKHNNpfRIiqNJawX3odi3s/s1600/vilamariana_1924.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQSHkF3PclIh9DsbdWQnfueByCuFA6R4GqKnW4k-Uw1yJscxng-F5zfMvkRzesp_MrZepnOB1Mi53wNE4wiDI2RS28aHq4152n0OKNyJjKFPQ546y-twuYoiKHNNpfRIiqNJawX3odi3s/s320/vilamariana_1924.jpg" width="320" /></a>Juro que saí de casa preparada, mas quer saber? Desisti.
Por que falar de um único aspecto, quando eu posso contar como é viver em um
dos bairros mais gostosos de São Paulo? <o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Eu estou há menos de um mês sobrevivendo (tentando) em São
Paulo, mas já tinha vindo pra cá tantas vezes, que perdi as contas. Engraçado,
que, mesmo dominando bairros até menos explorados, não lembro de ter pisado na
Vila Mariana antes do dia 08 de janeiro de 2016 - dia em que desembarquei de
mala e cuia por aqui. Claro que já conhecia o Ibirapuera – visão pela qual
troquei o Rio Sergipe -, mas Vila Mariana, sinceramente, jamais!<o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Só pra resumir: tenho a Vila Mariana como endereço, porque
a pessoa com quem vim dividir
apartamento, trabalha no bairro e decidiu facilitar a vida instalando-se por lá.
<o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Com esse nome feminino, a Vila Mariana – tenho duas amigas
lindas que se chamam Mariana - possui a maior concentração de salões de beleza
e espaços de drenagem linfática que eu já vi na vida. Só na minha rua, contei 3
salões e 2 espaços de drenagem. Não poderia ser diferente, né?! Tão vaidoso,
tão colorido...outro aspecto interessante, é que a Mariana gosta de
"maquiagem". Mesmo em tempos de crise, não vê-se casa, loja,
prédio ou qualquer outra construção com aspecto de sujo ou descuidado. Da minha
janela, por exemplo, avisto uma rua repleta de casinhas coloridas e floridas.
Talvez o verde jorrado pelo Parque Ibirapuera sirva de inspiração para os
moradores.<o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Por conta dos diversos cursos, faculdades e hospitais
existentes na redondeza, as Marianas do bairro tem opções baratinhas e descoladas
de compras. Brechós e pequenos ateliês de decoração fazem meu coração e
carteira levar conselhos e broncas do cérebro.
Comer também não é caro. Muito menos restrito. Em um mesmo trecho, é
possível ficar em dúvida entre comida natural/orgânica/ hypster/ Bela Gil,
Cantina Italiana, pastel, padaria e hambúrguer.<o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
E se as Marianas precisarem de ajuda para decidir onde
jantar – ou com quem- o cardápio do Tinder, no bairro, deve ser mais
interessantes do que o de muitas cidades brasileiras. <o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Mesmo não me chamando Mariana, adotei esse codinome no meu
CEP.E olha...não está sendo difícil.<o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
Maria Rosa Teleshttp://www.blogger.com/profile/14784706601231440964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5080215224187173224.post-60359406123684023822016-01-21T18:47:00.000-08:002016-01-21T20:41:46.635-08:00Retrato de uma "pernambucopaulistana"<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em
busca de um personagem para escrever o perfil, enquanto meus colegas seguiram
para o local onde provavelmente encontraríamos a maior concentração de
histórias, ao sair do elevador, num canto quieto do térreo, avistei dois pés
cansados suspensos em uma cadeira. Não vi rosto. Ao me aproximar, aos poucos
apareceram as mãos com dedos frenéticos sobre o celular. Uma mulher!<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Assim
que me aproximei, sem ela abrir a boca, pela pele cafuza e o cabelo escorrido, <i>bang!.</i>Nordeste com nordeste. Precisei
apenas lançar o meu “boa noite” sem chiado, que ela sorriu. Magnaci Souza –
nome que sua mãe retirou de um jornal- , pernambucana de 43 anos, morando em
São Paulo há 25, é uma representação do meu presente e do meu provável futuro.
Eu, nordestina, sergipana, amante de Pernambuco e moradora de São Paulo há 7
dias.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Vim
pra São Paulo em busca de trabalho, de uma vida melhor, mas foi tudo ilusão”,
verbaliza o desabafo guardado, com tom ensaiado, de quem repete para si mesmo
enquanto escova os dentes ou penteia os cabelos. Não devo ter disfarçado os
meus olhos arregalados e perguntei como estaria a vida dela hoje, mãe de três
filhos, divorciada, se tivesse continuado em Recife. Sem jeito, se contradiz
nas palavras, no olhar e no sorriso. “Ah! A qualidade de vida aqui é bem
melhor. Trouxe meus irmãos e minha mãe. Hoje lá só tenho uma irmã. Eu fui pra
lá agora pra passar 20 dias e com uma semana queria voltar. A polícia lá parece
que é franquinha. Parece que os ladrões é que mandam. Eu levei meu filho de
sete anos e tinha medo de andar com ele no ônibus e no metrô”, citando os meios
de transporte que, segundo ela, lá estão muito evoluídos. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Funcionária
do refeitório da Belas Artes- a da rua José Antônio Coelho- há 7 anos, Magnaci se mostra totalmente à vontade
em relação à tecnologia. Diz que mantém
as amizades em Recife através do Facebook, e que “caiu” nesse emprego
por meio de um site </span><span style="line-height: 24px;">especializado</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> . “Às vezes penso que assim que a
Belas Artes me botar pra fora, volto pro Recife. Se bem que não sei se
conseguiria. Acho que minha casa já é aqui mesmo”, filosofa a recifense<a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a> paulistana de Jardim Novo Santo Amaro.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 315.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
Maria Rosa Teleshttp://www.blogger.com/profile/14784706601231440964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5080215224187173224.post-61975993448849276722009-01-19T06:11:00.000-08:002009-01-19T06:13:31.899-08:003 SegundosO olhar do menino me assustou. Senti um tremelique leve nas pernas que já estavam bambas por conta de algumas doses de álcool.Maquinei o olhar.Permaneci firme.Pronta para o que estivesse por vir.Maria Rosa Teleshttp://www.blogger.com/profile/14784706601231440964noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5080215224187173224.post-8146445553883397812008-11-22T18:59:00.000-08:002008-11-22T19:01:26.480-08:00Desconhecidos Forever<div align="justify"> A imagem que me vem à cabeça quando lembro-me dos primeiros anos escolares, é de uma imitação de Daniela Mercury que fiz durante o recreio. Nessa época, início dos anos 90, para nós, pobres crianças nordestinas, a diva baiana era mais palpável do que Madonna e Xuxa, musas das crianças dos grandes centros do Brasil. Daniela tinha cabelo crespo (hoje ela desfila com cabelos lisos, resultado de escova progressiva), pele morena e ainda não mascarava o “baianês”. Era o auge do “Axé Music” e eu ainda estava aprendendo a ler e escrever.<br /> Outra lembrança que tenho desse tempo, é a carência de algo que me representasse na televisão. Filha única que sou, passava horas em frente ao aparelho colorido e mudava de canal a cada segundo, à procura de algo que me distraísse. Fardo que carreguei até conhecer o rosto daquele que tinha um sotaque parecido com o meu e cantava uma música engraçada, trilha da novela que a minha ex babá assistia. O mistério foi desvendado quando conheci Chico Science através de um videoclipe, onde ele e seus comparsas da Nação Zumbi apareciam sujos de lama e dentro do mangue.<br /> Enquanto a Bahia enriquecia os bolsos das gravadoras, grupos musicais com dançarinas reboculosas surgiam como espirros. Pernambuco revelava para o mundo um novo movimento musical, que pregava um estilo de vida diferente dos até então conhecidos pelo “grande Brasil”, as bandas e artistas do meu pequeno estado, Sergipe, sofriam com os mesmos problemas dos tempos em quem meus pais eram jovens aspirantes a tropicalistas e sonhavam em tomar uma Coca Cola com Caetano.<br /> Aracaju, nesse momento de transformação cultural, pariu bandas como Karne Krua, liderada por “Sílvio da Freedom”, famosa figura do meio musical local, que havia sido abandonado por seu parceiro baterista Helder Aragão, hoje o renomado DJ Dolores (um “old school” do Mangue Beat), SNOOZE, Maria Scombona, Plástico Lunar (até hoje com o mesmo repertório daquele tempo) e artistas como a cantora Patrícia Polyne (que começava a ganhar espaço em grandes festivais), traziam para a geração sofrida, fruto da New Wave e do Punk, um sopro de esperança.<br /> Diferente do resto dos companheiros de região, os sergipanos dispensavam o regionalismo e a busca pela “sergipanidade”(esta procurada desde a época em que meu pai pensava em ser rock star. Ou seja, quando Caetano ainda morava em Santo Amaro da Purificação) era inconcebível. Todos queriam ter nascido na Califórnia e deslumbravam com a nóia de Kurt Kobain. Nada disso foi suficiente para os sons do pequenino estado atravessar fronteiras. Um disquinho aqui, um festivalzinho ali, mas nenhum Bum! Ninguém sendo perseguido por grupies e jornalistas.<br /> Chico Science virou pó, o Mangue tomou novos rumos, eu já não mais curtia Daniela Mercury e o buraco continuava aberto. O tempo criativo estacionou e nenhuma das “promessas” chegou à MTV, quiçá ao Faustão (além da Calcinha Preta, é claro).<br /> Coincidentemente, no início da minha adolescência, quando comecei a sair à noite e pude ver o que já ouvia no meu quarto, eis que surge a danada da esperança novamente. As bandas citadas anteriormente ressurgiram das cinzas com novos discos, ideologias, integrantes, cuecas e tudo o que tinham direito. O advento da internet deixou a divulgação mais rápida e barata. Também estavam disponíveis na cidade novos espaços para shows, como a Rua da Cultura. Mas ainda faltava alguma coisa.<br /> Não lembro exatamente onde, nem quando, mas certo dia, quando o buraco já estava prestes a ceder, ouvi a perdida sergipanidade. Mascarada por samplers e batuques de todos os gêneros, vozes e gritos que combinavam destoando (sim, isso é possível). Um mix de Genival Lacerda, Tom Zé, Cartola e Talking Heads. A Naurêa. Iniciou-se então, uma movimentação na capital e no interior.<br /> A Naurêa tornou-se a banda queridinha dos produtores, público e governo local, e virou chamariz para a apresentação de novas bandas que buscavam se firmar e gerou inveja naqueles que há décadas tentavam sair do buraco. Com uma “despretensão pretensiosa”, a Naurêa conseguiu fazer com que o público começasse a pagar para assistir a uma banda local sem fazer cara feia.<br /> Participaram na cara dura de festivais dentro e fora do Brasil, sem baixar a cabeça e lavando somente coragem na bagagem. Até que as músicas do primeiro disco se esgotaram, as do segundo também e o “Sambaião” (mistura de Samba com Baião, ritmo que eles dizem ter inventado) deixou de ser exótico para os gringos e passou a se horripilante para nós. O buraco se abriu mais uma vez.<br /> Mas como a explosão da Naurêa abriu os cabeções, logo a The Baggios, banda de São Cristóvão que mistura Blues e Rock, tomou-lhes a coroa. Os Baggios já existiam quando a Naurêa começou, mas só fizeram show em Aracaju no final de 2006. Estes realmente despretensiosos, saem por graça divina para estados vizinhos e sair à noite em Aracaju virou um replay. Graças a eles e ao Coverama, os sergipanos estão perdendo novamente o tesão pela novidade e fechando seus bolsos para estas. Se a novidade for local, então... Piorou!<br /> Provavelmente, transito na direção errada. Sou a única que deseja ver um menino desses no Arquivo Confidencial do Faustão. A música produzida em Sergipe não é melhor nem pior do que a produzida no resto do Brasil. O seu problema é possuir um instinto auto sabotador, que satisfaz os músicos com showzinhos na Rua da Cultura e em bares sem palco.<br /> Portanto, meninos, coragem! Tenham cara de pau, troquem informações com bandas de outros estados e trabalhem de qualquer coisa para bancar “aquela” turnê pelo Acre (nunca Combi 68, obviamente). Lembrem-se que a FUNCAJU não vai te bancar para sempre e Alexandre Hardman um dia se forma em Direito e o Coverama não passará de uma doce lembrança. Coragem! Ou seremos desconhecidos forever. </div><div align="justify"> Maria Rosa Teles</div>Maria Rosa Teleshttp://www.blogger.com/profile/14784706601231440964noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5080215224187173224.post-6631583980981210552008-07-24T20:35:00.000-07:002008-07-24T20:36:42.626-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq21iMu9lmDaSLwa1fDxAuMq5jN7HhEq3kjhzrvMjfkv_KNxVZr_Mv5kc5fwbJ-MbgemtjzR8UFWV2n7aU6KqrWITPF0l9vgLJetke6g2NMzKYlg4IpAF1gfTN6mlUyjLx1Ld0y31DDYU/s1600-h/TulsaPicnic.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5226790496340389538" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq21iMu9lmDaSLwa1fDxAuMq5jN7HhEq3kjhzrvMjfkv_KNxVZr_Mv5kc5fwbJ-MbgemtjzR8UFWV2n7aU6KqrWITPF0l9vgLJetke6g2NMzKYlg4IpAF1gfTN6mlUyjLx1Ld0y31DDYU/s320/TulsaPicnic.jpg" border="0" /></a><br /><div></div>Maria Rosa Teleshttp://www.blogger.com/profile/14784706601231440964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5080215224187173224.post-81171025630272921952008-07-24T20:28:00.000-07:002008-07-24T20:29:26.034-07:00Prazer coletivo; o sentir-se bem. Corpos que exalam cheiros em outras situações tidos como mal-cheirosos; olhos fechados e mente aberta aos devaneios.<br />O sabor do conjunto. O gozo sem gosto definido.<br />Tato que permeia superfícies diversas.<br />Néon que vira uma única luz.<br />Durou alguns poucos minutos e não volta.Maria Rosa Teleshttp://www.blogger.com/profile/14784706601231440964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5080215224187173224.post-47329288633637627182008-07-11T23:03:00.000-07:002008-07-11T23:07:09.690-07:00Recado<div align="justify"> A noite, que me ilumina mais do que o dia, acende o que fica apagado no café da manhã. Sopra melodias de vento, colore os lábios e faz brilhar os olhos alheios.<br /> Pena que as coisas passam e você, justamente você, aquele que ainda não achou o interruptor e deixou a luz acesa, fica imóvel. Não se manifesta. O mundo passa e você continua parado,jogado por aí.<br /> Resultado:o vento retorna ao seu simples status de vento,os lábios empalidecem,os olhos são cobertos por lentes escuras,o Sol esquenta e eu continuo aqui...sem ver você sorrir.<br /> </div>Maria Rosa Teleshttp://www.blogger.com/profile/14784706601231440964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5080215224187173224.post-73259599312320753072008-06-30T21:23:00.000-07:002008-06-30T21:30:09.950-07:00Marasmo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdSlyJ9MEjBVmy948Vh-gGrL3CG3J7upBethJtTTnMpjCCJMvXhq3ZPWHPCpadZ3VvY9os4tWX3iTWxnTcjQ6f8Jx5LwulbOGdlXmZnalyqABxRPLP-647NDYT-X3oHaI2d5spQkiRKAQ/s1600-h/Niver+de+Raphaela+001.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5217897310086451170" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdSlyJ9MEjBVmy948Vh-gGrL3CG3J7upBethJtTTnMpjCCJMvXhq3ZPWHPCpadZ3VvY9os4tWX3iTWxnTcjQ6f8Jx5LwulbOGdlXmZnalyqABxRPLP-647NDYT-X3oHaI2d5spQkiRKAQ/s320/Niver+de+Raphaela+001.jpg" border="0" /></a> Assim que chegar a hora, se é que ela vai chegar, espero não lembrar do ontem. Do beijo sem graça que não foi dado em minha boca, nem lembrar das cobranças inúteis, dos jargões e ditados profanos que saíram da sua garganta e me fizeram cair em desvantagem: me apaixonar.<br /> Tentar desvendar o seu silêncio consumiu todo o meu dia. Deixou-me faminta e fedorenta. Sedenta por um sinal de vida, mesmo que este fosse para me dizer um não.<br /> Já está na hora de acender as luzes e para mim, o dia ainda nem começou. Vestida como acordei, nem os cabelos arrumei e o telefone não tocou.<br /><div></div>Maria Rosa Teleshttp://www.blogger.com/profile/14784706601231440964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5080215224187173224.post-5797625857939747122008-04-28T11:22:00.000-07:002008-04-28T11:25:09.226-07:00Nina Simone<div align="justify"> “Are you ready for this action?” Não consegui dar a resposta. Como alguém tão distante e hoje vivo em outra atmosfera, é capaz de me dar uma chacoalhada dessas?!<br /> Reagi mergulhando na sua vida, seu encanto, bebendo do seu sangue. Uma garrafa de vinho e um vestido que acentuava meus seios e quadris foram indispensáveis para encarnar o ser que afrontara minha alma. Bom, não consegui.<br /> Comecei a questionar a minha pouca experiência. Quantos amores correspondidos, ou não?Quantas entradas na delegacia?Quantos filhos?Quantas fantasias?Quantas portas já abri com um chute?<br /> Quer saber?Resolvi desencanar.<br /> A experiência que carrego, é pouca, mas é minha.<br /> É a minha vida certinha. a minha falta de amor.São os meus medos.<br /> Cansei de tentar me encontrar na música dos outros.</div>Maria Rosa Teleshttp://www.blogger.com/profile/14784706601231440964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5080215224187173224.post-28065120065866376012008-02-12T19:22:00.000-08:002008-02-12T19:26:05.031-08:00COVER<div align="justify"> Meu pai, como todo bom e velho pai (ele não vai gostar desse "velho"), vive me dando conselhos, sermões e tem um acervo gigantesco de piadas e frases célebres. Uma muito comum durante nossos estranhos passeios de carro, onde ele sempre relembra alguma história sobre a época em que transitava pelos shows da cidade (ele conta que já foi inclusive a show da The Platters, aquela banda que tem uma música que ninguém conhece "Only You", no Teatro Ateneu) é “Aracaju é uma cidade muito estranha”. Nesses momentos eu prefiro não soltar comentários e deixá-lo livre em seus devaneios que sempre provocam um risinho no canto direito da boca, já que dificilmente concordo com suas opiniões sobre música. Mas como ele mesmo diria “filho de peixe, peixinho é”.<br /> No último fim de semana tive mais uma confirmação de que sua tese sobre a estranheza de Aracaju está correta.<br /> Apesar de uma tremenda ressaca carnavalesca, resolvi me deslocar até a ATPN para mais uma edição do COVERAMA. Eu particularmente não sou fã de bandas cover, mas como muitos dos meus amigos estariam lá... Sabe como é... Botei R$10,00 no bolso e fui.<br /> Para a minha surpresa, encontrei pessoas que nunca vejo na rua e mais algumas centenas de espectadores empolgadíssimos, sem contar a legião de metaleiros (nada contra).<br /> Diante de tantas cabeças batendo, um calor infernal e gargalhadas, meu peito começou a ser espremido por uma angústia misturada a questionamentos do tipo - Será que essas pessoas pagariam os mesmos R$10,00 para assistir a bandas inéditas?-Será que os músicos conseguem dormir depois de tocar músicas suuuuuuuper batidas, quando aquela poderia ser “a” oportunidade de mostrar seus trabalhos autorais?-Será que eu sou a única que se sente culpada por ter pago R$10,00 e incentivar essa indústria do cover?<br /> Bom, preferi engolir uma cerveja quente e concordar com meu pai.Aracaju,realmente,é uma cidade estranha...</div>Maria Rosa Teleshttp://www.blogger.com/profile/14784706601231440964noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5080215224187173224.post-29232693293755087392007-12-17T19:22:00.000-08:002007-12-17T19:27:50.500-08:00Espero que você leia...Eu estava pronta. Usava um vestido verde e sandálias douradas, mas a animação ainda não havia chegado.<br /> De longe, avistei as meninas super produzidas e com saltos mais altos do que os daquelas sandálias que espremiam os meus pés. Ficamos ali jogando conversa fora, como de praxe, até que todos aparecessem e o lugar estivesse realmente fervendo.<br /> Apesar dos sorrisos, abraços e libido ao meu redor, sentia-me como um peixe fora d’água. Não achava graça em nada e quando alguém vinha com uma gracinha, eu respondia com um belo sorriso amarelo coberto por batom vermelho.<br /> Minhas amigas esperavam encontrar naquela noite seus príncipes encantados, enquanto eu sonhava em chegar à minha casa e ficar descalça, mas como diriam os narradores de histórias de príncipes “o feitiço virou contra o feiticeiro” e foi entre barracas de bebidas, rodinhas de conversa e um trânsito atrapalhado que o encontrei.<br /> Ele não era novidade para mim. Freqüentávamos os mesmos lugares, mas até aquele momento, não passava de mais um cara.<br /> Ao falar com alguém, percebi a sua presença. Ele estava com um amigo e até hoje não sei bem o que os dois faziam ali. Estava um parado ao lado do outro, não trocavam palavras nem olhares. Tentei chegar mais próximo para que ele me percebesse.<br /> Não funcionou. Os olhares que lhe passei só fizeram aumentar a sua falta de concentração e conforto em relação à festa. Quando voltei a olhar, ele não estava mais lá. Simplesmente foi embora. Descobri mais uma coisa: que a timidez reina naquele corpo.Maria Rosa Teleshttp://www.blogger.com/profile/14784706601231440964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5080215224187173224.post-79576432816179266532007-11-15T18:39:00.000-08:002007-11-15T18:42:51.291-08:00<div align="center"><span style="font-family:courier new;">Lista de sonhos:</span></div><span style="font-family:courier new;"><div align="justify"><br /><br /> -morrer depois de ter realizado todos os sonhos abaixo e mais alguns extras;<br /> - ter muita saúde<br /> -morar numa casa com quintal;<br /> -passar (no mínimo) seis meses na Jamaica;<br /> -ter filhos;<br /> -poder retribuir tudo o que meus pais me deram e me dão;<br /> -conhecer minha cara metade (se ela existir);<br /> -gostar e respeitar a mim mesma;<br /> -ter dinheiro suficiente para viver bem;<br /> -bater um papo com Tom Zé;<br /> -tocar percussão com Nana Vasconcelos;<br /> -um quarto maior;<br /> -ser esquecidas pelas pessoas que fiz questão de esquecer;<br /> -conhecer o Pará;<br /> -comprar uma roupa de Elvis;<br /> -encontrar a calça jeans perfeita;<br /> -sempre ter um lugar para mim dentro do ônibus;<br /> -perder o medo de dirigir;<br /> -ganhar na Mega Sena;<br /> -...........................................................<br /> </span></div>Maria Rosa Teleshttp://www.blogger.com/profile/14784706601231440964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5080215224187173224.post-91011738176112342872007-11-15T15:42:00.000-08:002007-11-15T15:58:04.104-08:00Hoje<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgajg5DXHV7z-ap9JINj88-tuaq6Nrq7E7nPXNddkKjjhIn42slY7KLeuXTkvTbiZHNJPdYGT_Ew-Km_vDE34kG3VHB1uyTCfcfIpPaBcjTjyejrvw7y3cyKfgoCpsnhvXr8mJGujk17MU/s1600-h/Imagem+032.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5133220445582108930" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgajg5DXHV7z-ap9JINj88-tuaq6Nrq7E7nPXNddkKjjhIn42slY7KLeuXTkvTbiZHNJPdYGT_Ew-Km_vDE34kG3VHB1uyTCfcfIpPaBcjTjyejrvw7y3cyKfgoCpsnhvXr8mJGujk17MU/s320/Imagem+032.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Nestes tempos em que os meus são de outros,<br />gasto meu tempo com desenhos,melodias e “morgação”.<br />Ando a casa toda, me tranco no quarto e esperto.<br />Espero pela volta dos meus e a chegada “do meu”.</div><br /><div>Maria Rosa</div>Maria Rosa Teleshttp://www.blogger.com/profile/14784706601231440964noreply@blogger.com2